quarta-feira, 14 de abril de 2010

Uma Abordagem da Singularidade Através da Música III

Após a publicação de Uma Abordagem da Singularidade Através da Música e de Uma Abordagem da Singularidade Através da Música II alguns amigos chamaram-me a atenção para um pormenor a que não tinha dado importância, centrado que estava no objectivo das publicações: a defesa e a promoção do direito a sermos indivíduos em sociedade e singulares entre semelhantes, por contraponto à destituição dessas características por nos tornarmos parte de um “rebanho” institucional ou social.

Aquilo para que me chamaram a atenção, pormenor a que não dei importância na altura, como já disse, foi o facto de a canção Englishman in New York referenciar, e de alguma forma ser dedicada, a Quentin Crisp. É óbvio que sim. Aliás, o próprio aparece no clip. Mas a questão fundamental para esses amigo(a)s era que Quentin Crisp, para além de uma figura corajosa e singular, era homossexual. Aliás mal amado pela comunidade gay da época, com quem também não simpatizava muito.

Para descanso dos que se pronunciaram, e para todos os outro(a)s, aqui fica uma declaração: não sou homossexual - se o fosse também não vejo porque isso haveria de ser um problema. Mas também aqui fica outra declaração: defendo profundamente o direito à individualidade, à tolerância, a podermos ser diferentes, e à diversidade que tanto enriquece a espécie humana em termos genéticos e que tanto medo temos de deixar brotar na natureza psico-social do Homem.

Serve esta terceira publicação para uma homenagem à coragem que teve Quentin Crisp de ser singular, indivíduo, às vezes excêntrico - um pouco, irónico, até sarcástico, mesmo à capacidade de olhar dessas formas para si próprio. Mas no fundo, pela tolerância praticada, um Gentleman.

Mais do que palavras deixo sites de consulta para quem se interessar pela Pessoa que soube ser.

http://en.wikipedia.org/wiki/Englishman_in_New_York
http://en.wikipedia.org/wiki/Quentin_Crisp
http://www.crisperanto.org/index1.html